quarta-feira, 5 de junho de 2013

Um novo olhar...
 Sou professora da Sala de Leitura e recentemente participei de uma orientação técnica na qual a obra Vidas Secas (Graciliano Ramos) seria analisada. Após estudos realizados antes e durante a OT busquei traçar um paralelo com a minha experiência leitora com a obra quando cursava o 1º ano do EM. Na época em que li a obra não tinha ideia nem maturidade para reconhecê-la como uma denúncia social e tampouco para compreender a seca como um massacre, já que esta não era a minha realidade. Reli a obra com outros olhos, mais críticos e observadores, e então pude entender o cunho de denúncia social que se infere nas palavras, assim como a animalização do homem frente ao ambiente e as condições de sobrevida. Pensando nisso, contemplo a ideia de Cotardo Calligaris em sua colocação ao afirmar a literatura como algo essencial pelo fato de libertar o ser humano. Pois bem, Vidas Secas liberta Graciliano para falar e denunciar. Possibilita a invenção  de uma vida a partir do nada. O nada de Fabiano e Sinhá Vitória, tão evidente e explícito na obra.

Professora Cintia Franco





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