Considero a leitura como algo que faz com que possamos
desenvolver nossos pensamentos e idéias. Através da leitura passamos a adquirir
o gosto pela escrita também. Assim, podemos nos colocar em contato direito com
o mundo e expressando nossas idéias.
Quando Chauí diz que o livro é um mundo porque cria mundos
identifiquei muito com ela pelo fato de recordar da minha infância e ver que
quando pegava um livro ou até mesmo um gibi minha imaginação crescia muito e
começava a imaginar várias situações. Concordo com a autora que ler é uma das
experiências mais radiosas de nossa vida, pois assim passamos a nos conhecer.
Lembro que quando aprendi a ler me sentia como um líder, como se eu fosse
alguém muito importante. Como sou a caçula de meus irmãos recordo que via eles
estudando e, isso ia despertando meu interesse pela leitura. Outra recordação
que tenho é que minha mãe colocava jornal no chão com o objetivo de não sujar
nossas roupas e nem a casa através de nossos pés, pois morávamos numa casa onde
o quintal era de terra. Com o jornal no chão eu via aquelas letras e ia me
despertando cada vez mais o interesse e gosto pela leitura e escrita. Eu
brincava com meus irmãos de ler as letras que estavam no jornal, pois naquela
época não tinha jogos e nem televisão. Meus tios começaram a incentivar a
leitura me dando mais livros ainda conforme eu ia aprendendo. Tinha uma tia
analfabeta que chegava com jornais para que eu lesse para ela e até mesmo
documentos dela.
Quando Calligares diz considerar a literatura o catálogo das
vidas possíveis e impossíveis concordo com ele, pois quando lia os livros era
exatamente isso que acontecia comigo eu conseguia imaginar as mais diversas
situações.
Através do depoimento de Gabriel O pensador vejo que é de fundamental importância para o ensino da
leitura e escrita o papel da família. Mesmo sendo um aluno preguiçoso a avó lhe
ensinou a ter o hábito da leitura. Nunca
gostou de criar textos com temas livres e com um trabalho da faculdade, o qual
envolvia etnocentrismo, hoje escreve suas músicas muito bem e trabalha muito o
assunto preconceito, o qual existe muito em nossa sociedade.
Gilberto Gil também considera que a avó foi sua mestra de
ensinar, sendo ela a responsável por sua alfabetização. Foi adquirindo o gosto
da leitura e acabou também se apaixonando pelo acordeom e diz que a música deu
grandes lições para sua vida. Quando Anna Verônica Mautner agradece o fato dos
poetas existirem por falar da dor do ressentimento vejo Gil na música onde
expressasentimentos tanto dele como de pessoas. A música nos coloca em contato
com a reflexão de nossa vida diária. Acredito que a leitura e, principalmente a
nossa escrita é uma forma de desabafar sentimentos que precisam ser colocados
para fora a fim de não adoecer.
Finalizo minha opinião e experiências com os pensamentos de
Clair, o qual foi incentivada por uma amiga para se dedicar a poesia, mesmo
estando na terceira idade. Fora o namorado da filha que sempre a incentivou.
Com a poesia ela diz ter mudado como pessoa, inclusive seu modo de enxergar a
vida. Vai até se aposentar na receita federal para escrever poesia. Portanto,
vejo que todos somos capazes de escrever e que não tem idade para
desenvolvermos essa habilidade que muitas vezes encontra-se embutida. Daí a
importância de incentivarmos sempre nossos alunos no gosto da leitura e escrita
para que se tornem cidadãos capazes de refletirem e colocarem suas opiniões e
sentimentos para fora. A leitura e escrita é importante para qualquer profissão
não podemos viver sem ela!
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